Homenagem à Minha Mãe Damiana Carneiro Suassuna
Conheço muitas pessoas que foram importantes na minha vida e ainda são. Posso citar meu pai, meus irmãos, minha namorada.
Mas há uma pessoa que não posso esquecer nunca que é minha mãe. Essa sim me deu o peito para eu mamar quando ainda nem tinha desejo libidinoso.
Para confirmar o que sinto por ela vou contar para vocês uma pequena história que está fixada na minha mente e não sai enquanto eu tiver vivo.
A crise estava muito grande nessa época, minha família já era numerosa e os recursos que meu pai adquiria não era suficiente. Então só tinha feijão com gorgulho para alimentar a molecada. Eu comia e achava bom. Alguns dos meus irmãos não queriam comer.
Percebi que minha mãe não comia enquanto os garotos não tivessem fartos. Um dia na minha ingenuidade perguntei por que ela não comia. E ela me respondeu: “estou sem fome”. Mas agora posso imaginar que ela não comia para deixar para os filhos. A comida era insuficiente para todos. Minha mãe preferia ficar com fome a ver seus filhos mal alimentados.
Isso me dói na alma mesmo depois de tantos anos. Ela sempre segurou a barra quando as coisas ficavam difíceis. Quando fui estudar em Natal era dela minha maior saudade. E ao partir para a viagem ela sempre chorava e me deixava sem voz.
Aos cinco anos de idade me perdi na mata fechada e por sorte ela me encontrou seguindo minhas pegadas deixadas na areia. Dessa forma me deu a vida pela segunda vez. Visto que já estava com fome e sede. No sol escaldante do nosso sertão, eu duraria poucas horas. Foi Deus que iluminou sua busca. E se não fosse isso, vocês não estariam ouvindo esta história agora.
Quero dizer para minha mãe, que nas horas de angústias que passei na Residência Universitária, quando morrendo de fome, sentindo até vontade de comer pão do cesto de lixo do apartamento vizinho, era nela que eu pensava. E isso me dava força de continuar na luta. Até na sua ausência me ajudava.
Ela está longe agora, mas sinto sua presença aqui.
Obrigado por tudo, minha mãe! Eu sempre vou te amar!
Conheço muitas pessoas que foram importantes na minha vida e ainda são. Posso citar meu pai, meus irmãos, minha namorada.
Mas há uma pessoa que não posso esquecer nunca que é minha mãe. Essa sim me deu o peito para eu mamar quando ainda nem tinha desejo libidinoso.
Para confirmar o que sinto por ela vou contar para vocês uma pequena história que está fixada na minha mente e não sai enquanto eu tiver vivo.
A crise estava muito grande nessa época, minha família já era numerosa e os recursos que meu pai adquiria não era suficiente. Então só tinha feijão com gorgulho para alimentar a molecada. Eu comia e achava bom. Alguns dos meus irmãos não queriam comer.
Percebi que minha mãe não comia enquanto os garotos não tivessem fartos. Um dia na minha ingenuidade perguntei por que ela não comia. E ela me respondeu: “estou sem fome”. Mas agora posso imaginar que ela não comia para deixar para os filhos. A comida era insuficiente para todos. Minha mãe preferia ficar com fome a ver seus filhos mal alimentados.
Isso me dói na alma mesmo depois de tantos anos. Ela sempre segurou a barra quando as coisas ficavam difíceis. Quando fui estudar em Natal era dela minha maior saudade. E ao partir para a viagem ela sempre chorava e me deixava sem voz.
Aos cinco anos de idade me perdi na mata fechada e por sorte ela me encontrou seguindo minhas pegadas deixadas na areia. Dessa forma me deu a vida pela segunda vez. Visto que já estava com fome e sede. No sol escaldante do nosso sertão, eu duraria poucas horas. Foi Deus que iluminou sua busca. E se não fosse isso, vocês não estariam ouvindo esta história agora.
Quero dizer para minha mãe, que nas horas de angústias que passei na Residência Universitária, quando morrendo de fome, sentindo até vontade de comer pão do cesto de lixo do apartamento vizinho, era nela que eu pensava. E isso me dava força de continuar na luta. Até na sua ausência me ajudava.
Ela está longe agora, mas sinto sua presença aqui.
Obrigado por tudo, minha mãe! Eu sempre vou te amar!
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